Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 20 de 48
Filter
1.
Arq. gastroenterol ; 60(4): 438-449, Oct.-Nov. 2023. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1527867

ABSTRACT

ABSTRACT Background: Alpha 1-antitrypsin deficiency (AATD) is a hereditary codominant autosomal disease. This liver disease ranges from asymptomatic cases to terminal illness, which makes early recognition and diagnosis challenging. It is the main cause of pediatric liver transplantation after biliary atresia. Objective: To describe the clinical characteristics, as well as those of histologic and laboratory tests, phenotypic and/or genetic evaluation and evolution of a cohort of pediatric patients with AATD. Methods: This is a retrospective observational study of 39 patients with confirmed or probable AATD (without phenotyping or genotyping, but with suggestive clinical features, low serum alpha 1-antitrypsin (AAT) level and liver biopsy with PAS granules, resistant diastasis). Clinical, laboratory and histological varia­bles, presence of portal hypertension (PH) and survival with native liver have been analyzed. Results: A total of 66.7% of 39 patients were male (26/39). The initial manifestation was cholestatic jaundice in 79.5% (31/39). Liver transplantation was performed in 28.2% (11/39) of patients. Diagnosis occurred at an average of 3.1 years old and liver transplantation at 4.1 years of age. 89.2% (25/28) of the patients with confirmed AATD were PI*ZZ or ZZ. The average AAT value on admission for PI*ZZ or ZZ patients was 41.6 mg/dL. All transplanted patients with phenotyping or genotyping were PI*ZZ (or ZZ). Those who were jaundiced on admission were earlier referred to the specialized service and had higher levels of GGT and platelets on admission. There was no significant difference in the survival curve when comparing cholestatic jaundiced to non-cholestatic jaundiced patients on admission. Comparing patients who did or did not progress to PH, higher levels of AST and APRI score at diagnosis (P=0.011 and P=0.026, respectively) were observed and in the survival curves patients with PH showed impairment, with 20.2% survival with native liver in 15 years. Conclusion: Jaundice is an important clinical sign that motivates referral to a specialist, but it does not seem to compromise survival with native liver. Patients progressing to PH had higher AST, APRi score on admission and significantly impaired survival with native liver. It is important to pay attention to these signs in the follow-up of patients with AATD.


RESUMO Contexto: Deficiência de alfa 1-antitripsina (DAAT) é uma doença hereditária, de caráter autossômico codominante. A apresentação da doença hepática varia desde casos assintomáticos até doença terminal, o que dificulta reconhecimento e diagnóstico precoces. É a principal causa de transplante hepático pediátrico após atresia de vias biliares. Objetivo: Descrever as características clínicas, de exames laboratoriais, histológicos, avaliação fenotípica e/ou genética e sobrevida de uma coorte de pacientes pediátricos com DAAT. Métodos: Estudo observacional retrospectivo de 39 pacientes com diagnóstico de DAAT confirmada ou provável (sem fenotipagem ou genotipagem, mas com clínica sugestiva, baixo nível sérico de alfa 1-antitripsina (A1AT) e biópsia hepática com grânulos PAS, diástase resistentes). Variáveis clínicas, laboratoriais, histológicas, presença de hipertensão portal (HP) e sobrevida com fígado nativo foram analisadas. Resultados: Dos 39 pacientes, 66,7% eram do sexo masculino (26/39). A manifestação inicial foi icterícia colestática em 79,5% (31/39). Em 28,2% (11/39) houve necessidade de transplante hepático. O diagnóstico ocorreu com uma idade média de 3,1 anos e, o transplante hepático, 4,1 anos. Dos pacientes com DAAT confirmada, 89,2% (25/28) eram PI*ZZ ou ZZ. O valor médio de A1AT na admissão de pacientes PI*ZZ ou ZZ foi 41,6 mg/dL. Todos os transplantados com fenotipagem ou genotipagem eram PI*ZZ (ou ZZ). Os ictéricos à admissão foram referenciados mais cedo ao serviço especializado e apresentaram níveis mais elevados de GGT e plaquetas à admissão. Não houve diferença significativa na curva de sobrevida ao compararmos icterícia colestática ou não à admissão. Ao comparar os pacientes que progrediram ou não para HP, observou-se níveis mais elevados de AST e APRI escore ao diagnóstico (P=0,011 e P=0,026, respectivamente) e, nas curvas de sobrevida, pacientes com HP apresentaram comprometimento, com 20,2% de sobrevida com fígado nativo em 15 anos. Conclusão: Icterícia é um sinal clínico importante que motiva o encaminhamento ao especialista, mas parece não comprometer a sobrevida com fígado nativo. Pacientes com evolução para HP tiveram AST e escore APRi mais elevados à admissão e comprometimento significativo da sobrevida com fígado nativo. Importante atentar a esses sinais no seguimento de pacientes com DAAT.

2.
Arq. gastroenterol ; 60(2): 247-256, Apr.-June 2023. tab
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1447391

ABSTRACT

ABSTRACT Background: Most data on the natural history of portal hypertension come from studies in adults. The morbidity rate of upper gastrointestinal bleeding (UGIB) in children with portal hypertension has not been systematically characterized. Objective: To describe the morbidity and mortality of UGIB in pediatric patients with portal hypertension and identify predictive factors for the occurrence of its main complications. Methods: This retrospective study included pediatric patients with cirrhotic portal hypertension or with extrahepatic portal vein obstruction (EHPVO). Mortality and UGIB complications within a period of up to 6 weeks of the bleeding were investigated. To determine the predictive factors of morbidity, a multivariate analysis was performed using logistic regression; all results were considered significant at P<0.05. Results: A total of 86 patients (51.2% with EHPVO and 48.8% with cirrhosis) had 174 bleeding events. Ascites was the most common complication (43.1% of all cases), being more prevalent in patients with cirrhosis (P<0.001). Cirrhosis was a predictor of the occurrence of any morbidity (OR 20.3). The need for blood transfusion was predictor of at least one complication (OR 5.8), ascites (OR 7.2) and infections (OR 3.8) in the general group and at least one complication (OR 11.3) and ascites (OR 5.8) in cirrhotic patients. The need for expansion was a predictor of any morbidity (OR 4.6) and infections (OR 3.9) in the general group, in addition to being predictor of infection in cirrhotic patients (OR 5.4). There were no deaths from UGIB in the six weeks post-bleeding. Conclusion: The study showed the relevance of morbidity after UGIB in pediatric patients with portal hypertension, especially in those with cirrhosis. The patients with hemodynamic instability requiring blood transfusion or expansion on admission are at increased risk of complications related to upper gastrointestinal bleeding and should be closely monitored.


RESUMO Contexto: A maioria dos dados sobre a história natural da hipertensão porta provém de estudos em adultos. A morbidade associada à hemorragia digestiva alta (HDA) em crianças com hipertensão porta ainda não foi sistematicamente estudada. Objetivo: Descrever a morbimortalidade da HDA em pacientes pediátricos com hipertensão porta e identificar fatores preditivos para a ocorrência de suas principais complicações. Métodos: Este estudo retrospectivo incluiu pacientes pediátricos com hipertensão porta cirrótica ou com obstrução extra-hepática da veia porta (OEHVP). A mortalidade e as complicações da HDA foram estudadas até seis semanas após o sangramento. Para determinar os fatores preditivos de morbidade, foi realizada análise multivariada por meio de regressão logística; todos os resultados foram considerados significativos com P<0,05. Resultados: Oitenta e seis pacientes (51,2% com OEHVP e 48,8% com cirrose) tiveram 174 eventos hemorrágicos. A ascite foi a complicação mais comum (43,1% de todos os casos), sendo mais prevalente em pacientes com cirrose (P<0,001). A cirrose foi preditor da ocorrência de pelo menos uma complicação (OR 20,3). A necessidade de transfusão sanguínea foi preditora de pelo menos uma complicação (OR 5,8), ascite (OR 7,2) e infecções (OR 3,8) no grupo geral e pelo menos uma complicação (OR 11,3) e ascite (OR 5,8) nos cirróticos. A necessidade de expansão foi preditor de qualquer morbidade (OR 4,6) e infecções (OR 3,9) no grupo geral, além de ser preditor de infecção em cirróticos (OR 5,4). Não houve óbitos por HDA nas 6 semanas pós-sangramento. Conclusão: O estudo mostrou a relevância da morbidade após HDA em pacientes pediátricos com hipertensão porta, principalmente naqueles com cirrose. Os pacientes com instabilidade hemodinâmica que necessitam de transfusão de sangue ou expansão na admissão têm risco aumentado de complicações relacionadas à hemorragia digestiva alta e devem ser monitorados de perto.

3.
Int. j. cardiovasc. sci. (Impr.) ; 35(5): 657-664, Sept.-Oct. 2022. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1405188

ABSTRACT

Abstract Background: Left isomerism (LI) is a common finding in patients with biliary atresia (BA), and it can be identified by echocardiography. Several comorbidities may be present in patients with LI, including heart disease. Objective: To investigate the prevalence of LI and heart disease in children (< 18 years of age) with BA followed-up at Hospital das Clínicas, UFMG. Methods: This is a cross-sectional study involving patients diagnosed with BA between February 2016 and April 2020 who underwent transthoracic echocardiography and, in case of situs abnormalities, also electrocardiography. Results: Our study recruited 58 patients (mean age: 3.08 years; female/male ratio: 1.5:1). The general prevalence of situs abnormalities was 8.6% (5/58) and the most common one was LI (4/5 or 80%). One patient had situs inversus. Among patients with situs abnormalities, the general prevalence of heart disease was 80% (4/5), apart from anomalies of the inferior vena cava), with pulmonary valve stenosis (PVS) as the only change seen (75% of mild forms and 25% of moderate forms). Among patients with situs abnormalities, the prevalence of rhythm changes was 80% (4/5), and low atrial rhythm was the most common finding (3/4 or 75%). Conclusion: The prevalence of situs abnormalities in our sample was similar to that described in the literature. We observed an exclusive prevalence of PVS and a high prevalence of rhythm changes among patients with LI. Although the diagnosis of isomerism does not initially add much cardiovascular risk to the sample, possible late deterioration should be considered.

4.
Arq. gastroenterol ; 58(3): 281-288, July-Sept. 2021. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-1345285

ABSTRACT

ABSTRACT BACKGROUND: Percutaneous endoscopic gastrostomy (PEG) is an important option for enteral nutrition for both children and adults. It is considered a safe, effective, and advantageous technique in comparison to other complementary feeding routes. It allows continuous feeding, the feeding of patients with swallowing disorders due to neurological causes or others, and the administration of non-palatable diets or medications, all with low rates of complications and mortality. OBJECTIVE: This study aimed to evaluate the main indications and complications of PEG in pediatric patients. In addition, the impact on the nutritional status of patients undergoing PEG was also compared with weight, body mass index (BMI), and height according to references from the World Health Organization. METHODS: This observational and retrospective study included 152 children and adolescents who underwent PEG between January/2003 and December/2018. Patients up to 18 years of age at the time of the procedure were included. Complications related to the procedure were classified as minor or major. Patients with PEG indication for nutritional supplementation were evaluated for weight gain, height, and BMI, using the Z score at the day of the procedure and six months, 1 year, and 2 years after the procedure. RESULTS: Indications for PEG were: swallowing disorder of neurological cause (67.1%), need for nutritional supplementation (25%), swallowing disorder of mechanical origin (6.6%), and indication of gastric decompression (1.3%). Minor complications occurred in 57.8% of patients and major complications in 9.8% of patients. The traction technique corresponded to 92.1% and puncture to 7.9%. The death rate was 1.3%. Thirty-eight patients had an indication for nutritional supplementation. In these patients, there was a gradual increase in both BMI and weight, reaching statistically significant differences (P=0.0340 and P= 0.0105, respectively). These differences were more evident in chronic renal disease patients. Height did not vary significantly (P=0.543). CONCLUSION: PEG proved to be an advantageous option as an auxiliary feeding method in pediatric patients. Dysphagia of neurological origin was the main indication followed by the need for nutritional supplementation. PEG has low frequency of major complications and mortality. This study also showed the importance of PEG in patients who need nutritional supplementation, as it enabled patients to move from undernutrition to normal weight ranges.


RESUMO CONTEXTO: A gastrostomia endoscópica percutânea (GEP) é uma importante opção de nutrição enteral para crianças e adultos, sendo considerada uma técnica segura, eficaz e vantajosa em comparação às outras vias de alimentação complementar. Permite a alimentação contínua, a alimentação em pacientes com distúrbios de deglutição de causa neurológica ou outros, a administração de dietas ou medicamentos não palatáveis, todos com baixos índices de complicações e mortalidade. OBJETIVO: Avaliar as principais indicações e complicações de pacientes pediátricos submetidos à GEP e o impacto no estado nutricional de pacientes submetidos à GEP para suplementação nutricional, comparando peso, índice de massa corporal (IMC) e estatura com referências da Organização Mundial de Saúde. MÉTODOS: Estudo observacional e retrospectivo de 152 crianças e adolescentes submetidos à GEP, no período de janeiro/2003 a dezembro/2018. Foram incluídos pacientes até 18 anos de idade na época do procedimento. As complicações relacionadas ao procedimento foram divididas em menores e maiores. Pacientes com indicação de GEP para suplementação nutricional foram avaliados quanto ao ganho de peso, altura e IMC, por meio do escore Z no dia do procedimento e 6 meses; 1 ano; e 2 anos após o procedimento. RESULTADOS: As indicações para GEP foram distúrbio de deglutição de causa neurológica (67,1%), necessidade de suplementação nutricional (25%), distúrbio de deglutição de origem mecânica (6,6%), e indicação de descompressão gástrica (1,3%). Complicações menores ocorreram em 57,8% dos pacientes e complicações maiores em 9,8%. A técnica de tração correspondeu a 92,1% e a punção, 7,9%. A taxa de mortalidade foi de 1,3%. Trinta e oito pacientes tinham indicação de suplementação nutricional. Nestes, houve aumento gradativo tanto do IMC quanto do peso, com variação estatisticamente significativa da mediana P=0,0340 e P=0,0105, respectivamente, mais evidente nos pacientes renais crônicos. A altura não variou significativamente (P=0,543). CONCLUSÃO: A GEP mostrou-se uma opção vantajosa como forma auxiliar de alimentação em pacientes pediátricos, tendo como principais indicações a disfagia de causa neurológica e a necessidade de suplementação nutricional, com baixa prevalência de complicações maiores e mortalidade. Este estudo também mostrou a importância da GEP em pacientes com necessidade de suplementação nutricional, possibilitando a passagem dos pacientes desnutridos para escores nutricionais de peso adequados à idade.


Subject(s)
Humans , Child , Adolescent , Adult , Gastrostomy/adverse effects , Malnutrition , Retrospective Studies , Treatment Outcome , Enteral Nutrition
5.
Rev. Paul. Pediatr. (Ed. Port., Online) ; 39: e2019180, 2021. tab, graf
Article in English, Portuguese | LILACS, SES-SP | ID: biblio-1136788

ABSTRACT

ABSTRACT Objective: To identify the prevalence and factors associated with adverse events (AE) related to invasive mechanical ventilation in patients admitted to the Pediatric Intensive Care Unit (PICU) of a tertiary public hospital. Methods: This is a cross-sectional study from July 2016 to June 2018, with data collected throughout patients' routine care in the unit by the care team. Demographic, clinical and ventilatory characteristics and adverse events were analysed. The logistic regression model was used for multivariate analysis regarding the factors associated with AE. Results: Three hundred and six patients were included, with a total ventilation time of 2,155 days. Adverse events occurred in 66 patients (21.6%), and in 11 of those (16.7%) two AE occurred, totalling 77 events (36 AE per 1000 days of ventilation). The most common AE was post-extubation stridor (25.9%), followed by unplanned extubation (16.9%). Episodes occurred predominantly in the afternoon shift (49.3%) and associated with mild damage (54.6%). Multivariate analysis showed a higher occurrence of AE associated with length of stay of 7 days or more (Odds Ratio [OR]=2.6; 95% confidence interval [95%CI] 1.49-4.66; p=0.001). Conclusions: The results of the present study show a significant number of preventable adverse events, especially stridor after extubation and accidental extubation. The higher frequency of these events is associated with longer hospitalization.


RESUMO Objetivo: Identificar a prevalência e os fatores associados a eventos adversos (EA) relacionados à ventilação mecânica (VM) invasiva em pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) de hospital público terciário. Métodos: Trata-se de estudo transversal realizado entre julho de 2016 e junho de 2018, com dados coletados ao longo da rotina de atendimento dos pacientes na unidade pela equipe assistencial. Neste estudo, foram analisados características demográficas, clínicas, ventilatórias e os EA ocorridos. O modelo de regressão logística foi utilizado para análise multivariada quanto aos fatores associados aos EA. Resultados: Neste estudo, foram incluídos 306 pacientes, com tempo de ventilação total de 2.155 dias. Ocorreram EA em 66 pacientes (21,6%), dos quais 11 (16,7%) sofreram dois EA, totalizando 77 eventos (36 EA por mil dias de ventilação). O EA mais comum foi o estridor pós-extubação (25,9%), seguido da extubação não planejada (16,9%). Os episódios ocorreram predominantemente no turno da tarde (49,3%) e associados a grau de dano leve (54,6%). Na análise multivariada, observou-se maior ocorrência de EA associado a tempo de internação igual ou superior a sete dias (Odds Ratio [OR]=2,6, intervalo de confiança de 95% [IC95%)]1,49-4,66, p=0,001). Conclusões: Evidenciou-se número significativo de EA que podem ser prevenidos, destacando-se o estridor pós-extubação e a extubação acidental, com ocorrência mais frequentemente associada ao maior tempo de internação.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Infant , Child, Preschool , Child , Respiration, Artificial/adverse effects , Intensive Care Units, Pediatric/statistics & numerical data , Respiration, Artificial/mortality , Logistic Models , Respiratory Sounds/etiology , Cross-Sectional Studies , Risk Factors , Airway Extubation/adverse effects , Length of Stay
6.
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1057224

ABSTRACT

ABSTRACT Objective: To determine the events associated with the occurrence of intracranial hypertension (ICH) in pediatric patients with severe cranioencephalic trauma. Methods: This was a prospective cohort study of patients 18 years old and younger with cranioencephalic trauma, scores below nine on the Glasgow Coma Scale, and intracranial pressure monitoring. They were admitted between September, 2005 and March, 2014 into a Pediatric Intensive Care Unit. ICH was defined as an episode of intracranial pressure above 20 mmHg for more than five minutes that needed treatment. Results: A total of 198 children and adolescents were included in the study, of which 70.2% were males and there was a median age of nine years old. ICH occurred in 135 (68.2%) patients and maximum intracranial pressure was 36.3 mmHg, with a median of 34 mmHg. A total of 133 (97.8%) patients with ICH received sedation and analgesia for treatment of the condition, 108 (79.4%) received neuromuscular blockers, 7 (5.2%) had cerebrospinal fluid drainage, 105 (77.2%) received mannitol, 96 (70.6%) received hyperventilation, 64 (47.1%) received 3% saline solution, 20 (14.7%) received barbiturates, and 43 (31.9%) underwent a decompressive craniectomy. The events associated with the occurrence of ICH were tomographic findings at the time of admission of diffuse or hemispheric swelling (edema plus engorgement). The odds ratio for ICH in patients with Marshall III (diffuse swelling) tomography was 14 (95%CI 2.8-113; p<0.003), and for those with Marshall IV (hemispherical swelling) was 24.9 (95%CI 2.4-676, p<0.018). Mortality was 22.2%. Conclusions: Pediatric patients with severe cranioencephalic trauma and tomographic alterations of Marshall III and IV presented a high chance of developing ICH.


RESUMO Objetivo: Determinar eventos associados à ocorrência de hipertensão intracraniana (HIC) em pacientes pediátricos com traumatismo cranioencefálico grave. Métodos: Trata-se de coorte prospectiva de pacientes de até 18 anos, com traumatismo cranioencefálico, pontuação abaixo de nove na Escala de Coma de Glasgow e monitoração da pressão intracraniana, admitidos entre setembro de 2005 e março de 2014 em unidade de terapia intensiva pediátrica. A HIC foi definida como episódio de pressão intracraniana acima de 20 mmHg por mais de cinco minutos e com necessidade de tratamento. Resultados: Incluídas 198 crianças e adolescentes, 70,2% masculinos, mediana de idade de nove anos. A HIC ocorreu em 135 (68,2%) pacientes; valor máximo de pressão intracraniana de 36,3; mediana 34 mmHg. Receberam sedação e analgesia para tratamento da HIC 133 (97,8%) pacientes, 108 (79,4%) receberam bloqueadores neuromusculares, 7 (5,2%) drenagem de líquor, 105 (77,2%) manitol, 96 (70,6%) hiperventilação, 64 (47,1%) solução salina a 3%, 20 (14,7%) barbitúricos e 43 (31,9%) foram submetidos à craniectomia descompressiva. Os eventos associados à ocorrência de HIC foram os achados tomográficos à admissão de swelling (edema mais ingurgitamento) difuso ou hemisférico. A razão de chance para que pacientes com classificação tomográfica Marshall III (swelling difuso) apresentassem HIC foi 14 (IC95% 2,8-113; p<0,003) e para aqueles com Marshall IV (hemisférico) foi 24,9 (IC95% 2,4-676; p<0,018). A mortalidade foi de 22,2%. Conclusões: Pacientes pediátricos com traumatismo cranioencefálico grave e alterações tomográficas tipo Marshall III e IV apresentaram grande chance de desenvolver HIC.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Child, Preschool , Child , Adolescent , Intracranial Pressure/physiology , Intracranial Hypertension/therapy , Intracranial Hypertension/epidemiology , Craniocerebral Trauma/complications , Severity of Illness Index , Intensive Care Units, Pediatric/statistics & numerical data , Tomography, X-Ray Computed/methods , Glasgow Coma Scale , Prevalence , Prospective Studies , Intracranial Hypertension/diagnostic imaging , Decompressive Craniectomy/methods , Cerebrospinal Fluid Leak , Craniocerebral Trauma/mortality , Craniocerebral Trauma/epidemiology , Neuromuscular Blocking Agents/therapeutic use
7.
Rev. méd. Minas Gerais ; 30(supl.5): S22-S26, 2020.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1223731

ABSTRACT

Com exceção dos casos decorrentes de doença hemolítica crônica, a colelitíase biliar é pouco comum na infância e adolescência quando comparada aos adultos. No entanto, nas últimas décadas observou-se importante aumento da incidência da doença na pediatria, principalmente em adolescentes do sexo feminino. Os fatores de risco associados à colelitíase têm se assemelhado àqueles encontrados nos adultos e o cálculo de colesterol é o principal responsável pelo aumento da prevalência. Acredita-se que a maioria dos pacientes pediátricos com colelitíase biliar apresente sintomas inespecíficos; a cólica biliar típica é encontrada mais frequentemente em crianças mais velhas. O tratamento padrão para a colelitíase sintomática é o tratamento cirúrgico com retirada da vesícula biliar, sendo a colecistectomia videolaparoscópica preferível à cirurgia aberta devido ao menor tempo de recuperação e de internação hospitalar. Contudo, na colelitíase assintomática o tratamento deve ser individualizado, sendo indicada a cirurgia em casos selecionados. O objetivo desta revisão é apresentar os principais aspectos da doença calculosa biliar na infância e contribuir para maior suspeição clínica da doença entre os pediatras, aprimorando a abordagem diagnóstica e a definição terapêutica adequada.


Excluding the cases resulting from chronic hemolytic disease, cholelithiasis is uncommon in childhood and adolescence when compared to adults. However, in recent decades there has been noted an increased incidence of the disease in pediatrics, especially in female adolescents. The risk factors associated with cholelithiasis have been similar to those found in adults and cholesterol stones are the main responsible for the increase of the prevalence. The majority of pediatric patients with cholelithiasis have no specific symptoms; typical biliary colic is found more often among older children. The standard treatment for symptomatic cholelithiasis is surgery to remove the gallbladder; the laparoscopic cholecystectomy is preferable to open surgery because of the shorter recovery time and hospital stay. However, in asymptomatic cholelithiasis treatment must be individualized and surgery is indicated in selected cases. The aim of this review is to present the main aspects of gallstone disease in childhood and contribute to greater clinical suspicion of the disease among pediatricians, improving the diagnostic approach and the appropriate therapeutic definition.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Child , Adolescent , Cholelithiasis , Pediatrics , Cholecystectomy , Cholelithiasis/diagnosis , Gallstones , Incidence
8.
Rev. méd. Minas Gerais ; 30(supl.5): S39-S45, 2020.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1224113

ABSTRACT

A obesidade infantil é uma epidemia mundial. São várias as comorbidades associadas à obesidade, destacando-se a doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), um termo abrangente que envolve desde a esteatose hepatocelular simples até quadros mais avançados de esteato-hepatite, fibrose e cirrose hepática. Atualmente, é a segunda maior causa de transplante hepático em adultos nos Estados Unidos, com potencial de se tornar a primeira nas próximas décadas. Associado a este panorama, ainda existe o desafio do diagnóstico, uma vez que os critérios clínicos e laboratoriais ainda são controversos, especialmente em crianças. A biópsia é o padrão ouro, entretanto é um procedimento invasivo e sujeito a riscos. Por isso, a dosagem de enzimas hepáticas e a ultrassonografia abdominal são utilizadas para triagem e avaliação, apesar de suas limitações. O tratamento de DHGNA deve obrigatoriamente incluir a abordagem da obesidade. Por isso, os pilares do tratamento envolvem a mudança do estilo de vida e dos hábitos alimentares. Embora a eficácia de várias medicações venha sendo estudada, a alimentação saudável e a atividade física permanecem como a mais importante estratégia de prevenção e tratamento da DHGNA na infância e adolescência. A equipe multidisciplinar deve, junto ao paciente e a família, construir uma rotina de hábitos alimentares e atividades físicas adequadas para cada caso. (AU)


Childhood obesity is a worldwide epidemic. There are several comorbidities associated with obesity, including non-alcoholic fatty liver disease (NAFLD), a wide term that ranges from a hepatocellular steatosis to more advanced steatohepatitis, fibrosis and liver cirrhosis. This is the second major cause of liver transplant in adults in the United States, with the potential to become the first one in the next few decades. Associated with this scenario, the challenge of diagnosis still exists, since screening is still controversial, especially in children. Biopsy is the gold standard, but it is an invasive and risky procedure. Therefore liver enzymes and abdominal ultrasound are used for screening and assessment although their limitations. Treatment of NAFLD should involve an approach to obesity with focus in lifestyle intervention and healthy diet. While the efficacy of several medications has been investigated in children, healthy diet and physical activity remain the only prevention and treatment strategies for paediatric NAFLD. A multidisciplinary team should, together with the patient and a family, build a routine of healthy eating and physical activities (AU)


Subject(s)
Humans , Male , Female , Child , Adolescent , Pediatric Obesity , Non-alcoholic Fatty Liver Disease , Child , Disease Prevention , Fatty Liver
9.
Arq. gastroenterol ; 56(2): 146-150, Apr.-June 2019. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-1019455

ABSTRACT

ABSTRACT BACKGROUND: Autoimmune hepatitis (AIH) is a rare chronic inflammatory liver disease associated with a loss of immunological tolerance to self-antigens. Susceptibility to AIH is partially determined by the presence of genes related to human leukocyte antigen (HLA), mainly allelic variants of DRB1. OBJECTIVE: The purpose of this study was to investigate the frequencies of the polymorphisms in HLA-DRB1 gene in children and adolescents with type 1 AIH and type 1 AIH overlap syndrome with autoimmune cholangitis (overlap syndrome, OS) in comparison to healthy sex and age-matched individuals (control group). METHODS: This is a cross-sectional study of 25 pediatric patients diagnosed with type 1 AIH and 18 with OS. Fifty-seven healthy individuals were included as controls. The polymorphisms of the HLA-DRB1 gene were evaluated by PCR and included HLA-DRB1*03, HLA-DRB1*04, HLA-DRB1*07, and HLA-DRB1*13. RESULTS: Our results showed that the presence of the allele HLA-DRB1*13 increased the chance of autoimmune cholangitis (OR=3.96, CI 1.07 to 14.61, P=0.04). The HLA-DRB1*04 and HLA- DRB1*07 have no association with the AIH and autoimmune cholangitis in a young sample. CONCLUSION: This work demonstrates an association of the main polymorphisms in the HLA-DRB1 gene to AIH with or without cholangitis in a Brazilian sample.


RESUMO CONTEXTO: Hepatite autoimune (HAI) é uma doença hepática inflamatória crônica, rara, associada à perda da tolerância imunológica aos auto-antígenos. A susceptibilidade à HAI é parcialmente determinada pela presença de genes relacionados ao antígeno leucocitário humano (HLA), principalmente variantes alélicas do DRB1. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi investigar a frequência de polimorfismos no gene HLA-DRB1 em crianças e adolescentes com HAI tipo 1 e HAI tipo 1 associada à colangite autoimune, em comparação com indivíduos saudáveis pareados por sexo e idade (grupo controle). MÉTODOS: Este é um estudo transversal de 25 pacientes pediátricos com diagnóstico de HAI tipo 1 e 18 com HAI associada à colangite autoimune. Cinquenta e sete indivíduos saudáveis foram incluídos como controles. Os polimorfismos do gene HLA-DRB1 foram avaliados por PCR e incluíram HLA-DRB1*03, HLA-DRB1*04, HLA-DRB1*07 e HLA-DRB1*13. RESULTADOS: Nossos resultados mostraram que a presença do alelo HLA-DRB1*13 aumentou a chance de colangite autoimune (OR=3,96; IC 1,07 a 14,61; P=0,04). O HLA-DRB1*04 e o HLA-DRB1*07 não apresentam associação com a HAI e colangite autoimune no grupo de pacientes mais jovens. CONCLUSÃO: Este trabalho demonstra uma associação dos principais polimorfismos no gene HLA-DRB1 à HAI com ou sem colangite na população brasileira.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Child , Adolescent , Young Adult , Cholangitis/genetics , Hepatitis, Autoimmune/genetics , HLA-DRB1 Chains/genetics , Undifferentiated Connective Tissue Diseases/genetics , Polymorphism, Genetic , Case-Control Studies , Cross-Sectional Studies , Genetic Predisposition to Disease
10.
Arq. gastroenterol ; 56(1): 71-78, Jan.-Mar. 2019. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-1001325

ABSTRACT

ABSTRACT BACKGROUND: Biliary atresia represents the most common surgically treatable cause of cholestasis in newborns. If not corrected, secondary biliary cirrhosis invariably results. OBJECTIVE: To evaluate, through multivariate analysis, the prognostic factors associated with the presence of biliary flow and survival with the native liver following Kasai portoenterostomy. METHODS: The study analyzed data from 117 biliary atresia patients who underwent portoenterostomy and had suitable histological material for evaluation. A logistic regression model was used to assess the presence of biliary flow. Survival was investigated through Kaplan-Meier curves and Cox-adjusted models. RESULTS: One third of patients achieved biliary flow and the median age at surgery was 81 days. Age at surgery, albumin, postoperative complications, biliary atresia structural malformation (BASM), liver architecture, larger duct diameter at porta hepatis, and cirrhosis (Ishak score) were the initial variables for the multivariate analysis. Age at surgery >90 days was the only variable associated with the absence of biliary drainage. Survival analysis revealed that the absence of biliary flow (P<0.0001), age at surgery >90 days (P=0.035), and the presence of BASM (P<0.0001), alone, could predict death or need for liver transplantation. Multivariate analysis demonstrated that the absence of biliary flow (P<0.0001 hazard ratio [HR] 6.25, 95% confidence interval [CI] 3.19-12.22) and the presence of BASM (P=0.014 HR 2.16, 95% CI 1.17-3.99) were associated with lowest survival with the native liver. CONCLUSION: Age at surgery >90 days was associated with absence of biliary flow. The presence of biliary drainage and the absence of structural malformations are cornerstone features for higher survival rates with the native liver.


RESUMO CONTEXTO: A atresia biliar representa a principal causa de colestase tratada cirurgicamente durante o período neonatal. Se a criança não for operada, ela evolui invariavelmente para cirrose biliar secundária. OBJETIVO: Avaliar, através de análise multivariada, os fatores prognósticos associados à presença de fluxo biliar e à sobrevida com fígado nativo após a realização da portoenterostomia de Kasai. MÉTODOS: O estudo analisou 117 pacientes com atresia biliar submetidos à portoenterostomia e com material histológico adequado para avaliação. O modelo de regressão logística foi utilizado para avaliar a presença de fluxo biliar. Sobrevida foi estudada através das curvas Kaplan-Meier e ajuste do modelo de Cox. RESULTADOS: Um terço dos pacientes obteve fluxo biliar e a mediana de idade à cirurgia foi de 81 dias. Idade à cirurgia, albumina, complicação pós-operatória, BASM (do inglês, biliary atresia structural malformation), arquitetura hepática, diâmetro do maior canalículo no porta hepatis e cirrose, segundo o escore de Ishak, foram as variáveis iniciais da análise multivariada. Idade à cirurgia maior que 90 dias de vida foi a única variável associada à ausência de drenagem biliar. A análise de sobrevida mostrou que as variáveis: ausência de fluxo biliar (P<0,0001), idade à cirurgia maior que 90 dias (P=0,035) e presença de BASM (P<0,0001), isoladamente, predizem morte ou necessidade de transplante hepático. Na análise multivariada, ausência de fluxo biliar (P<0,0001 HR:6,25 [IC95% 3,19; 12,22]) e presença de BASM (P=0,014 HR:2,16 [IC95% 1,17; 3,99]) mostraram-se associadas, com significância estatística, a menor sobrevida com fígado nativo. CONCLUSÃO: Idade à cirurgia maior que 90 dias foi identificada como fator de risco independente para ausência de fluxo biliar. Além disso, a presença de drenagem biliar e a ausência de malformações estruturais da atresia biliar são variáveis fundamentais para a maior sobrevida com fígado nativo.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Infant , Biliary Atresia/surgery , Portoenterostomy, Hepatic/methods , Postoperative Complications , Prognosis , Biliary Atresia/mortality , Biliary Atresia/blood , Survival Analysis , Multivariate Analysis , Treatment Outcome
11.
Arq. gastroenterol ; 54(4): 286-291, Oct.-Dec. 2017. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-888226

ABSTRACT

ABSTRACT BACKGROUND: Primary sclerosing cholangitis is a rare disease, but its prevalence has been underestimated in children and adolescents due to broad variation in clinical presentation as well as diagnostic challenges in this life period. OBJECTIVE: To evaluate children and adolescents with primary sclerosing cholangitis and to describe their clinical, laboratorial, histopathological, and cholangiography conditions. METHODS: This is an observational descriptive research that took place from 2005 to 2016 and included all the patients seen in the Outpatient Unit for Pediatric Hepatology of Hospital das Clinicas of UFMG who had been diagnosed with primary sclerosing cholangitis before the age of 18. Diagnosis was established through clinical, laboratory, radiographic and/or histopathologic criteria. Other chronic liver diseases were excluded, as well as secondary causes of cholangitis. Data analysis used statistic resources in SPSS software. Variables were expressed as averages, standard deviation, absolute frequency, and percentage. RESULTS: Twenty-one patients fulfilled criteria to be included in the research sample. Male patients predominated (3.2:1) and average age at diagnosis was 6.7±3.9 years. Five (23.8%) patients had associated inflammatory bowel disease, four had ulcerative colitis and one indeterminate colitis. Signs and symptoms vary and are usually discrete at presentation. The most frequent symptom was abdominal pain (47.6%) followed less frequently by jaundice (28.6%) and itching (14.3%). The reason for medical investigation was asymptomatic or oligosymptomatic enzyme alterations in 33.3% of patients. All patients presented increased hepatic enzymes: aminotransferases, gamma glutamyl transferase, and alkaline phosphatase. Twenty patients had alterations compatible to primary sclerosing cholangitis in their cholangiography exam; one patient had no alterations at magnetic resonance cholangiography, but presented histopathologic alterations that were compatible to small duct cholangitis. Hepatic fibrosis was present in 60% of 15 patients who were biopsied upon admission; cirrhosis being present in four (26.7%) patients. A total of 28.5% of patients had unfavorable outcomes, including two (9.5%) deaths and four (19%) transplants. CONCLUSION: Primary sclerosing cholangitis is a rare disease in childhood and adolescence and its initial diagnosis may be delayed or overlooked due to asymptomatic or unspecific clinical manifestations. The association with inflammatory bowel disease is common. Prognosis may be unfavorable as the disease progresses and hepatic transplant is the definitive treatment.


RESUMO CONTEXTO: A colangite esclerosante primária é uma doença rara, mas sua prevalência tem sido subestimada em crianças e adolescentes, tanto pela variedade de apresentação clínica quanto pela dificuldade diagnóstica neste período. OBJETIVO: Avaliar crianças e adolescentes com colangite esclerosante primária descrevendo seu quadro clínico, laboratorial, histopatológico e colangiográfico. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo observacional, de 2005 a 2016, de todos os pacientes atendidos no Ambulatório de Hepatologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da UFMG, com o diagnóstico de colangite esclerosante primária até a idade de 18 anos. O diagnóstico foi estabelecido segundo os critérios clínicos, laboratoriais, radiológicos e/ou histopatológicos. Foi realizada investigação para exclusão de outras doenças hepáticas crônicas e causas secundárias de colangite. A análise dos dados foi efetuada com os recursos estatísticos do software SPSS. As variáveis foram expressas por meio de médias, desvio-padrão, frequência absoluta e porcentagem. RESULTADOS: Vinte e um pacientes preencheram os critérios de inclusão. Houve predomínio no sexo masculino (3,2:1). A média de idade ao diagnóstico foi 6,7±3,9 anos. Cinco (23,8%) pacientes apresentavam doença inflamatória intestinal associada, sendo quatro casos de colite ulcerativa e um de colite indeterminada. Na apresentação, os sinais e sintomas são variados, em geral discretos. O sintoma mais frequente foi dor abdominal (47,6%), seguido menos frequentemente por icterícia (28,6%) e prurido (14,3%). Em 33,3% dos pacientes, o motivo de início da investigação foi alteração de enzimas em pacientes assintomáticos ou oligossintomáticos. Todos os pacientes exibiam aumento das enzimas hepáticas: aminotransferases, gama glutamiltransferase e fosfatase alcalina. Vinte pacientes apresentavam alterações em exame colangiográfico, compatíveis com colangite esclerosante primária; um paciente não apresentava alterações na colangiorressonância, mas apresentava alterações histopatológicas compatíveis com colangite de pequenos ductos. Fibrose hepática já estava presente em 60% dos 15 pacientes com biópsia à admissão; com cirrose estabelecida em quatro pacientes. 28,5% dos pacientes tiveram evolução desfavorável, com dois (9,5%) óbitos e quatro (19%) pacientes transplantados. CONCLUSÃO: Colangite esclerosante primária é uma doença rara na criança e no adolescente, cujo diagnóstico inicial pode ser atrasado ou passar despercebido, principalmente por apresentar manifestações clínicas inespecíficas ou cursar de forma assintomática. É frequente a associação com doença inflamatória intestinal. O prognóstico pode ser reservado com o avançar da doença, sendo o transplante hepático o tratamento definitivo.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Child , Adolescent , Cholangitis, Sclerosing/diagnosis , Cholangitis, Sclerosing/pathology , Cholangitis, Sclerosing/therapy , Prognosis , Biopsy , Colonoscopy , Cholangiopancreatography, Magnetic Resonance
12.
Arq. gastroenterol ; 54(1): 21-26, Jan.-Mar. 2017. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-838826

ABSTRACT

ABSTRACT BACKGROUND Bleeding of esophageal varices is the main cause of morbidity and mortality in children and adults with portal hypertension and there are few studies involving secondary prophylaxis in children and adolescents. OBJECTIVE To evaluate the efficacy of endoscopic secondary prophylaxis in prevention of upper gastrointestinal bleeding in children and adolescents with esophageal varices. METHODS This is a prospective analysis of 85 patients less than 18 years of age with or without cirrhosis, with portal hypertension. Participants underwent endoscopic secondary prophylaxis with sclerotherapy or band ligation. Eradication of varices, incidence of rebleeding, number of endoscopic sessions required for eradication, incidence of developing gastric fundus varices and portal hypertensive gastropathy were evaluated. RESULTS Band ligation was performed in 34 (40%) patients and sclerotherapy in 51 (60%) patients. Esophageal varices were eradicated in 81.2%, after a median of four endoscopic sessions. Varices relapsed in 38 (55.1%) patients. Thirty-six (42.3%) patients experienced rebleeding, and it was more prevalent in the group that received sclerotherapy. Gastric varices and portal hypertensive gastropathy developed in 38.7% and 57.9% of patients, respectively. Patients undergoing band ligation showed lower rebleeding rates (26.5% vs 52.9%) and fewer sessions required for eradication of esophageal varices (3.5 vs 5). CONCLUSION Secondary prophylaxis was effective in eradicating esophageal varices and controlling new upper gastrointestinal bleeding episodes due to the rupture of esophageal varices. Band ligation seems that resulted in lower rebleeding rates and fewer sessions required to eradicate varices than did sclerotherapy.


RESUMO CONTEXTO Os episódios de sangramento das varizes esofágicas são a principal causa de morbidade e mortalidade em crianças e adultos com hipertensão porta e poucos são os estudos envolvendo a profilaxia secundária em crianças e adolescentes. OBJETIVO Avaliar a eficácia da profilaxia endoscópica secundária na prevenção de hemorragia digestiva alta em crianças e adolescentes com varizes de esôfago. MÉTODOS Estudo prospectivo com 85 pacientes menores de 18 anos com hipertensão porta, cirróticos e não cirróticos. A profilaxia secundária endoscópica foi realizada através de ligadura elástica ou escleroterapia. Foram avaliadas erradicação de varizes, incidência de ressangramento, número de sessões endoscópicas necessárias para a erradicação, incidência de surgimento de varizes gástricas e da gastropatia da hipertensão porta. RESULTADOS Ligadura elástica foi realizada em 34 (40%) pacientes e escleroterapia em 51 (60%). As varizes de esôfago foram erradicadas em 81,2% após mediana de quatro sessões endoscópicas. Foi observada recidiva de varizes de esôfago em 38 (55,1%) pacientes. Ressangramento por ruptura de varizes de esôfago ocorreu em 36 (42,3%) pacientes e foi mais prevalente no grupo submetido à escleroterapia. O surgimento de varizes gástricas e gastropatia da hipertensão porta ocorreram em 38,7% e 57,9% respectivamente. Os pacientes submetidos à ligadura elástica apresentaram taxas menores de ressangramento (26,5% vs 52,9%) e número menor de sessões necessárias para erradicação das varizes de esôfago (3,5 vs 5). CONCLUSÃO A profilaxia secundária endoscópica mostrou-se eficaz para erradicação de varizes de esôfago e evitar novos episódios de hemorragia digestiva alta secundária à ruptura de varizes de esôfago. A ligadura elástica endoscópica provavelmente apresenta menores taxas de ressangramento e número menor de sessões necessárias para erradicação das varizes de esôfago, quando comparada à escleroterapia.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Child , Adolescent , Esophageal and Gastric Varices/therapy , Esophagoscopy , Secondary Prevention , Gastrointestinal Hemorrhage/prevention & control , Hypertension, Portal/complications , Recurrence , Esophageal and Gastric Varices/complications , Sclerotherapy , Prospective Studies , Follow-Up Studies , Treatment Outcome , Ligation
13.
Rev. bras. educ. méd ; 40(4): 713-719, out.-dez. 2016. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-843573

ABSTRACT

ABSTRACT The use of simulation and e-learning has increased considerably in healthcare related educational activities, enabling the acquisition of skills ethically and safely. The objective is to describe the design and evaluation of a semi-distance pre-hospital emergency course for physicians and nurses at the Public Health Department of Belo Horizonte City, Minas Gerais, Brazil. The course comprised 13 online lessons and ten stations, which used simulated scenarios. The participants answered a semi-structured questionnaire using the Likert scale to evaluate the course. Course participation included 203 (63.6%) physicians and 116 (36.4%) nurses; most physicians (72.1%) had finished their studies over five years prior to the study, and had little practice (72.9%) on advanced life support measures. The distance course was well evaluated in terms of general quality, video quality, use of images and animations and usability. The e-learning system was considered to be user friendly by doctors and nurses, and the practical activities were well rated. The course used methodology based on simulation and distance education, and received positive evaluations. The system was rated as good and easy to use.


RESUMO O uso da simulação e da educação a distância tem aumentado consideravelmente na área da saúde, permitindo o desenvolvimento de competências de forma ética e segura. O objetivo deste artigo é descrever a concepção e a avaliação de um curso semipresencial de emergência pré-hospitalar para médicos e enfermeiros da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Brasil. O curso a distância foi composto por 13 aulas, e a parte presencial por dez estações temáticas. Os participantes responderam a um questionário semiestruturado (escala de Likert) como forma de avaliar o curso. Participaram do curso 203 (63,6%) médicos e 116 (36,4%) enfermeiros. A maioria dos médicos (72,1%) tinha terminado seus estudos havia mais de cinco anos e tinha pouca prática (72,9%) em medidas de suporte avançado de vida. O curso a distância foi bem avaliado quanto a qualidade geral e dos vídeos, uso de imagens e animações, e usabilidade do sistema. A plataforma de ensino foi considerada amigável. A parte de simulação foi bem avaliada. O curso utilizou metodologia baseada em simulação e educação a distância, sendo bem avaliado. A plataforma de ensino foi classificada como boa e de fácil utilização.

14.
Arq. gastroenterol ; 53(4): 257-261, Oct.-Dec. 2016. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: lil-794600

ABSTRACT

ABSTRACT Background The efficacy of nonselective β-blocker and endoscopic procedures, such as endoscopic variceal ligation, as primary prophylaxis of variceal hemorrhage in cirrhotic adults was demonstrated by numerous controlled trials, but in pediatric population, few are the number of studies. Objective The objective of this study is to evaluate the primary prophylaxis with β-blocker in cirrhotic children and adolescents with portal hypertension. Methods This is a cohort study encompassing 26 cirrhotic patients. β-blocker prophylaxis was performed with propranolol. When contraindicated the use of β-blocker, or if side effects presents, the patients were referred to endoscopic therapy with band ligation. Patients were evaluated by endoscopy, and those who had varicose veins of medium and large caliber or reddish spots, regardless of the caliber of varices, received primary prophylaxis. Results Of the 26 patients evaluated, 9 (34.6%) had contraindications to the use of propranolol and were referred for endoscopic prophylaxis. Six (35.3%) of the 17 patients who received β-blocker (propranolol), had bled after a median follow-up time of 1.9 years. β-blockage dosage varied from 1 mg/kg/day to 3.1 mg/kg/day and seven (41.2%) patients had the propranolol suspended due to fail of the β-blockage or adverse effects, such as drowsiness, bronchospasm and hypotension. Patients who received endoscopic prophylaxis (elastic bandage) had no bleeding during the follow-up period. Conclusion All of the patients that had upper gastroinstestinal bleeding in this study were under propranolol prophylaxis. The use of propranolol showed a high number of contraindications and side effects, requiring referral to endoscopic prophylaxis. The endoscopic prophylaxis was effective in reducing episodes of bleeding.


RESUMO Contexto A eficácia dos beta-bloqueadores e de procedimentos endoscópicos como a ligadura elástica endoscópica para profilaxia primária de ruptura de varizes de esôfago em adultos cirróticos já foram demonstrados por inúmeros ensaios clínicos na população adulta, porém poucos são os estudos envolvendo a faixa etária pediátrica. Objetivo Avaliar a profilaxia primária com β-bloqueador em crianças e adolescentes cirróticos com hipertensão porta. Métodos Estudo de coorte envolvendo 26 pacientes cirróticos. O propranolol foi o β-bloqueador utilizado para a profilaxia. Quando contraindicado o uso de β-bloqueador, ou se efeitos colaterais presentes, os pacientes eram encaminhados para profilaxia endoscópica com ligadura elástica. Os pacientes foram avaliados por endoscopia, e naqueles que foram observadas varizes de médio e/ou grosso calibre ou presença de manchas avermelhadas nas varizes, independentemente do calibre das varizes, a profilaxia primária foi indicada. Resultados Dos 26 pacientes avaliados, 9 (34,6%) tinham contraindicações para o uso de propranolol e foram encaminhados para a profilaxia endoscópica. Seis (35,3%) dos 17 pacientes que receberam β-bloqueador (propranolol) apresentaram sangramento após mediana de tempo de acompanhamento de 1,9 anos. A dose de β-bloqueio variou de 1 mg/kg/dia a 3,1mg/kg/dia e em sete (41,2%) pacientes o propranolol foi suspenso por falha em atingir β-bloqueio ou presença de efeitos adversos, tais como sonolência, broncoespasmo e hipotensão. No grupo de pacientes que receberam a profilaxia endoscópica (ligadura elástica) não foi observado nenhum episódio de hemorragia digestiva alta durante o período de acompanhamento. Conclusão Todos os pacientes que apresentaram hemorragia digestiva alta no presente estudo estavam recebendo profilaxia com propranolol. Foi observado, ainda, elevado número de contraindicações e efeitos colaterais, com consequente encaminhamento para profilaxia endoscópica. A profilaxia endoscópica foi eficaz na redução de episódios de hemorragia digestiva alta.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Infant , Child, Preschool , Child , Adolescent , Primary Prevention/methods , Propranolol/administration & dosage , Esophageal and Gastric Varices/prevention & control , Endoscopy, Gastrointestinal , Adrenergic beta-Antagonists/administration & dosage , Gastrointestinal Hemorrhage/chemically induced , Gastrointestinal Hemorrhage/prevention & control , Hypertension, Portal/etiology , Liver Cirrhosis/complications , Cohort Studies , Treatment Outcome , Contraindications , Ligation/methods
15.
J. pediatr. (Rio J.) ; 92(2): 197-205, Mar.-Apr. 2016. tab
Article in English | LILACS | ID: lil-779893

ABSTRACT

Abstract Objective: To evaluate the nutritional status of children with persistent cholestasis and to compare the anthropometric indices between children with and without liver cirrhosis and children with and without jaundice. Methods: Children with persistent cholestasis, i.e. increased direct bilirrubin or changes in the canalicular enzyme gamma-glutamyl transferase (GGT), were included. The anthropometric measures were weight (W), height or length (H), arm circumference (AC), triceps skinfold thickness (TST), arm muscle circumference (AMC), and body mass index (BMI). Results: Ninety-one children with cholestasis, with current median age of 12 months, were evaluated. W/age (A) and H/A indices below −2 Z-scores were observed in 33% and 30.8% of patients, respectively. Concerning the W/H index and BMI, only 12% and 16% of patients, respectively, were below −2 Z-scores. Regarding AC, 43.8% of 89 evaluated patients had some depletion. Observing the TST, 64% of patients had depletion, and 71.1% of the 45 evaluated patients had some degree of depletion regarding the ACM index. Conclusion: Evaluation using weight in patients with chronic liver diseases may overestimate the nutritional status due to visceromegaly, subclinical edema, or ascites. Indices that correlate weight and height, such as W/H and BMI, may also not show depletion because of the chronic condition in which there are depletion of both weight and height. TST, AC, and ACM are parameters that better estimate nutritional status and should be part of the management of patients with liver diseases and cholestasis.


Resumo Objetivo: Avaliar a situação nutricional de crianças com colestase persistente e comparar os índices antropométricos entre crianças com e sem cirrose hepática e crianças com e sem icterícia. Métodos: Foram incluídas crianças com colestase persistente, ou seja, aumento da bilirrubina direta ou alterações na enzima canalicular, gamaglutamiltransferase (GGT). As medidas antropométricas foram peso, estatura ou altura, circunferência do braço (CB), espessura da prega cutânea do tríceps (TST), circunferência muscular do braço (CMB) e índice de massa corporal (IMC). Resultados: Foram avaliadas 91 crianças com colestase, com idade média de 12 meses; 33% e 30,8% dos pacientes apresentaram índices P/I e A/I com escore Z abaixo de –2, respectivamente. Com relação ao índice P/A e IMC, somente 12% e 16% dos pacientes, respectivamente, apresentaram escore Z abaixo de –2. Com relação à CB, 43,8% de 89 pacientes avaliados apresentaram alguma depleção. Observando a TST, 64% dos pacientes que apresentaram depleção, 71,1% dos 45 pacientes avaliados apresentaram algum grau de depleção com relação ao índice de CMB. Conclusão: A avaliação do peso em pacientes com doenças hepáticas crônicas poderá superestimar a situação nutricional devido a visceromegalia, edema subclínico ou ascite. Os índices que correlacionam peso e altura, como P/A e IMC, também podem não mostrar depleção devido à doença crônica em que há depleção tanto do peso quanto da altura. A TST, BC e CMB são parâmetros que estimam melhor a situação nutricional e devem fazer parte de gestão de pacientes com doenças hepáticas e colestase.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Infant , Child, Preschool , Child , Child Nutrition Disorders/physiopathology , Cholestasis/physiopathology , Jaundice/physiopathology , Liver Cirrhosis/physiopathology , Skinfold Thickness , Body Height , Body Weight , Child Nutrition Disorders/etiology , Body Mass Index , Nutrition Assessment , Cholestasis/complications , Chronic Disease , Jaundice/complications , Liver Cirrhosis/complications
16.
Rev. méd. Minas Gerais ; 26(supl. 2): 35-44, 2016. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-882452

ABSTRACT

A incidência da doença inflamatória intestinal (DII) tem aumentado nos países ocidentais nos últimos anos. Classicamente ela é dividida em doença de Crohn e colite ulcerativa. As manifestações clínicas mais comuns são a dor abdominal, diarreia, perda de peso e sangue nas fezes. A inflamação intestinal reduz a absorção de nutrientes. Manifestações extraintestinais podem estar presentes. Deve ser realizada a pesquisa de imunodeficiência primária em crianças com diagnóstico de DII antes dos dois anos de idade. Os exames laboratoriais devem incluir triagem de inflamação aguda e/ou crônica, avaliação de anemia e estado nutricional. Exames endoscópicos e de fezes são necessários, principalmente antes do início do tratamento. O seguimento ambulatorial e a solicitação de exames complementares devem ser criteriosos. O tratamento é difícil por se tratar de uma doença crônica, com fases de recidiva e remissão. Os medicamentos apresentam efeitos adversos, algumas vezes graves. A visão mais atual da terapia da DII baseia-se na modificação da história natural da doença, com o objetivo de alcançar cicatrização da mucosa, redução das complicações da doença e melhora da qualidade de vida do paciente. É fundamental acompanhar o crescimento linear, o desenvolvimento muscular, esquelético e puberal. O pediatra geral deve estar atento para o diagnóstico, solicitando os exames complementares e avaliando a necessidade de encaminhamento para um gastroenterologista pediatra.(AU)


The incidence of inflammatory bowel disease in the Western countries has increased in recent years. Classically it is divided into Crohn's Disease and Ulcerative Colitis. The most common clinical manifestations are abdominal pain, diarrhea, weight loss and blood in the stool. The intestinal inflammation reduces the absorption of nutrients, which increases susceptibility to micronutrient deficiency. extra-intestinal manifestations may be present. Primary immunodeficiency research in children diagnosed with IBD before two years of age should be performed. Laboratory tests should include screening of acute and/or chronic, evaluation of anemia and nutritional status. Endoscopic examinations and feces are needed, especially before the start of treatment. Outpatient follow-up and complementary tests should be judicious. Treatment is difficult because it is a chronic disease with phases of relapse and remission. The drugs have adverse effects sometimes severe. The most current view of IBD therapy is based on the modification of the natural history of the disease, with the goal of achieving mucosal healing, reducing complications of the disease and improve the patient's quality of life. It is essential to monitor the linear growth, muscle development, skeletal and pubertal. The general pediatrician should be aware of the diagnosis, requesting additional examinations and evaluating the need for referral to the pediatric gastroenterologist.(AU)


Subject(s)
Humans , Colitis, Ulcerative/diagnosis , Crohn Disease/diagnosis , Nutrition Assessment , Quality of Life , Diagnostic Imaging , Colitis, Ulcerative/prevention & control , Colitis, Ulcerative/therapy , Crohn Disease/prevention & control , Crohn Disease/therapy , Child Development , Clinical Laboratory Techniques
17.
Arq. gastroenterol ; 52(4): 303-310, Oct.-Dec. 2015. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: lil-771920

ABSTRACT

Background - The main goal of this paper is to investigate the frequency, clinical profile, and endoscopic findings of children and teenagers submitted to colonoscopies. Methods - Patients of below 18 years of age, diagnosed with polyps by means of colonoscopies at two reference centers of pediatric endoscopy were followed-up between 2002 and 2012. The clinical variables evaluated in this study included: gender, recommendation of colonoscopy, associated signs and symptoms, age of onset of symptoms, age at identification of the polyp, interval of time between the onset of symptoms and the endoscopic diagnosis of colonic polyps, and family history of intestinal polyposis and/or colorectal cancer. The characteristics of the polyps also included: number, morphological type, histology, and distribution. Polyposis syndromes were also investigated. Results - From the 233 patients submitted to colonoscopies, polyps were found in 74 (31.7%) patients, with a median age of 6.6 years, of which 61% were male. Juvenile polyps were identified in 55 (74%) patients, with 7 (9%) characterized within the criteria for juvenile polyposis. Patients with intestinal polyposis syndromes were diagnosed in 35% of the patients. The most frequent clinical presentation was hematochezia. Abdominal pain with acute episodes of intestinal partial obstruction or intussusception with emergency laparotomy was observed in the majority of Peutz-Jeghers syndrome patients leading to an increased morbidity. Conclusions - Even though juvenile colonic polyps are the most frequent type of diagnosed polyps, the present study identified a significant level of children with polyposis syndromes (35%), associated with a higher morbidity of these individuals.


Objetivos - Conhecer a frequência, o perfil clínico, os achados endoscópicos, de crianças e adolescentes submetidos à colonoscopia em dois centros de referência em gastroenterologia e endoscopia pediátrica. Métodos - Foram avaliados e acompanhados pacientes com idade menor ou igual a 18 anos com diagnóstico de pólipos identificados à colonoscopia em dois centros de referência em endoscopia pediátrica no período de 2002 a 2012. As variáveis clínicas avaliadas foram: gênero, indicação da colonoscopia, sinais e sintomas associados, idade de início dos sintomas, idade à identificação do pólipo, intervalo de tempo entre início dos sintomas e diagnóstico endoscópico do pólipo colônico, história familiar de polipose intestinal e/ou câncer coloretal. Em relação às características dos pólipos foram descritos: número, tipo morfológico, histológico e distribuição. Foram estudadas também as síndromes poliposas (síndrome de Peutz-Jeghers, síndrome juvenil poliposa, síndrome poliposa adenomatosa familiar). Resultados - Dos 233 pacientes submetidos à colonoscopia, foram encontrados 74 (31,7%) pacientes com pólipos, com mediana de idade de 6,6 anos, 61% do gênero masculino. Pólipos juvenis foram identificados em 55 (74%) dos pacientes, sendo 7 (9%) com critérios diagnósticos de polipose juvenil. Pacientes com síndromes poliposas intestinais foram diagnosticados em 35% dos pacientes. Destes, 12% com diagnóstico de polipose adenomatosa familiar, 9% com síndrome juvenil poliposa e 8% com diagnóstico de Síndrome de Peutz-Jeghers. A apresentação clínica mais frequente foi o sangramento retal indolor. Nos pacientes com polipose adenomatosa familiar o principal motivo da indicação da colonoscopia foi para rastreamento da doença devido história familiar da síndrome poliposa. Um paciente apresentou adenocarcinomacoloretal, simultâneo ao diagnóstico da polipose adenomatosa aos 15 anos de idade. Dor abdominal com episódios agudos de semiobstrução ou intussuscepção intestinal com laparotomia de urgência foi observado nos pacientes com Peutz-Jeghers. Conclusões - Embora os pólipos colônicos juvenis sejam os mais frequentemente diagnosticados, foi observado um percentual significativo de crianças com síndromes poliposas (35%) associado a uma maior morbidade destas crianças. Desta forma concluímos ser importante estabelecimento de um protocolo de diagnóstico e seguimento dos pacientes afetados e familiares de risco.


Subject(s)
Adolescent , Child , Child, Preschool , Female , Humans , Male , Adenomatous Polyposis Coli/diagnosis , Colonic Polyps/diagnosis , Peutz-Jeghers Syndrome/diagnosis , Adenomatous Polyposis Coli/epidemiology , Brazil/epidemiology , Colonoscopy , Colonic Polyps/epidemiology , Peutz-Jeghers Syndrome/epidemiology
18.
Rev. méd. Minas Gerais ; 25(S6): S44-S51, jul. 2015.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-771266

ABSTRACT

A halência hepática aguda (FHA) é uma condição rara, mas devastadora, que evolui para falência de múltiplos órgãos e óbito como seu curso natural. A assistência intensiva e o transplante hepático possibilitaram a modificação da história natural e aumento da sobrevida. A FHA, geralmente, se apresenta em uma criança ou adolescente previamente hígido que inicia com sintomas inespecíficos de duração variada e com a evolução do quadro surgem outros sintomas como icterícia, vômitos, hipoglicemia e convulsões, tornando a síndrome clínica evidente. O diagnóstico etiológico é importante, uma vez que algumas doenças de base possuem tratamentos específicos. Contudo, em até 50% dos casos, um diagnóstico específico não é estabelecido. Sua presença será estabelecida se há evidência bioquímica de falência hepática aguda, na ausência de doença hepática crônica e associada à coagulopatia de origem hepática não corrigível pela vitamina K (RNI > 1,5 em paciente com encefalopatia hepática ou RNI ? 2 na ausência de encefalopatia hepática). O tempo entre o início do quadro clínico e o desenvolvimento da encefalopatia deve ser inferior a oito semanas. O reconhecimento e o encaminhamento para centro especializado devem ser o mais precoce possível. A indicação de transplante hepático deve ser avaliada periodicamente. O tratamento intensivo e multidisciplinar é essencial para sobrevida.


The Acute Liver Failure (ALF) is a rare but devastating condition that can lead to multiple organ failure and death as its natural course. Intensive therapy and liver transplantation have changed its natural history and raised survival rates. ALF usually presents in a previously healthy child who initiates with unspecific symptoms of variable duration and then evolve with jaundice, vomiting, hypoglycemia and seizures, when the clinical syndrome becomes evident. The etiologic diagnosis is importantbecause some diseases have specific treatments. However in 50% of the cases a specific diagnosis is not estabilished. The criteria for diagnosing ALF is biochemical evidence of acute hepatic failure without signs of chronic liver disease associated with coagulopathy non responsive to vitamin K (INR>1,5 with encephalopathy or INR>2 regardless the presence of encephalopathy signs). The time between the initial symptoms and the development of encephalopathy must be less than 8 weeks. Recognizing and referring the patient for a reference center must be a priority. The need for liver transplantation should be periodically assessed. Intensive multidisciplinary care is essential for survival.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Infant , Child , Adolescent , Hepatic Encephalopathy , Liver Failure, Acute/diagnosis , Liver Failure, Acute/etiology , Liver Failure, Acute/physiopathology , Multiple Organ Failure , Pediatrics , Vitamin K , Brain Diseases , Survival Rate , Liver Transplantation , Liver Failure, Acute/mortality , Hepatitis, Autoimmune , Hepatitis A , Liver Diseases
19.
Rev. méd. Minas Gerais ; 24(supl.2)maio 2014.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: lil-718743

ABSTRACT

A doença celíaca (DC) é uma enteropatia caracterizada pela intolerância permanente ao glúten desencadeada por mecanismos autoimunes nos indivíduos geneticamente predispostos. A DC com seu quadro clínico típico e principalmente atípico tem se mostrado mais frequente do que se imaginava. Seu diagnóstico é baseado em suspeita clínica, exames sorológicos e biópsia intestinal. Devido à evolução dos marcadoressorológicos e revisão dos critérios diagnósticos, discute-se sobre a real necessidade da realização da biópsia intestinal em casos selecionados. O tratamento da DC continua sendo a dieta isenta de glúten.


Celiac disease (CD) is an enteropathy characterized by permanent intolerance to gluten triggered by autoimmune mechanisms in genetically predisposed individuals. The frequency of CD, with its typical clinical condition and mainly atypical, has been higher than expected. Its diagnosis is based on clinical suspicion, serologic tests, and intestinal biopsy. The evolution of the knowledge about serological markers and revision of thediagnostic criteria prompts questions about the real need of intestinal biopsy in selected cases. The treatment of CD remains the gluten-free diet.

20.
Rev. méd. Minas Gerais ; 24(supl.2)maio 2014.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: lil-718744

ABSTRACT

As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Segundo estimativas, bilhões de pessoas já tiveram contado com os vírus das hepatites e milhões são portadores crônicos. O termo hepatite viral geralmente se refere aos vírus hepatotrópicos, sendo que atualmente os mais conhecidos ? A, B, C, D, E ? são os responsáveis por mais de 90% dos casos de hepatite aguda. As hepatites virais são causas de doença hepática na população pediátrica. Os vírus da hepatite causamampla variedade de apresentações clínicas, que vão desde um estado de portador assintomático, hepatite aguda, fulminante ou crônica até cirrose hepática e carcinoma hepatocelular. As equipes de atenção básica têm papel relevante no diagnóstico e no acompanhamento das pessoas portadoras, sintomáticas ou não, de hepatites. Nesta revisão, serão enfatizadas as hepatites pelos vírus A, B e C, mais frequentes em nossomeio e que implicam mais morbimortalidade.


Viral hepatitis are a serious public health problem in Brazil and the world. According to estimates, billions of people have already had contact with the hepatitis virus and millions are chronic carriers. The term viral hepatitis usually refers to hepatotropic viruses, which the currently best known - A, B, C, D, and E - are responsible for over 90% of cases of acute hepatitis. Viral hepatitis cause liver disease in the pediatric population and a wide variety of clinical presentations, ranging from an asymptomatic carrier state, acute hepatitis, fulminant or chronic to cirrhosis and hepatocellular carcinoma in other populations. Basic attention teams have a relevant role in the diagnosis and follow-up of hepatitis affected patients, symptomatic or not. In this review, hepatitis caused by viruses A, B, and C will be emphasized, which are frequent in our environment and involve high morbidity and mortality.

SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL